Noções sobre a vinha e o vinho em Portugal

de Ceferino Carrera


Vinhos Regionais - Vinho Regional Minho


Pequenos retalhos históricos desta Região

Verde que te quero Verde "Minho"

Por entre a violenta história do nascimento do nosso país, atravessando íngremes vales e verdejantes paisagens, basta dizer que estas são as terras do primeiro rei de Portugal, as terras do afamado Vinho Verde, da beleza assombroso do Gerês, de monumentos seculares.

As terras do Minho. Em poucas palavras, é um paraíso verde de rios, montes e vales. Uma das províncias mais belas de Portugal.

Seguindo o curso do rio Minho, de Caminha a Monção, a visão é empolgante, com a serrania da Galiza como horizonte. O vale superior do Cávado, o Ave e o Visela dão-lhe cenários de grande beleza.

O conjunto formado pela zona litoral, o interior e a serra dá ao Minho uma variedade de condições e climas única no país. Das grandemente povoadas cidades depressa se passa para zonas onde o casario parece pequenas gotas coloridas salpicando o imenso verde, cortado por fios azuis que terminam no Atlântico. E estes fios levam-nos pelas mais belas paisagens da província. As terras do Minho são férteis e arduamente trabalhadas, num clima húmido, que dá as condições excelentes para a exploração agrícola. A cultura do milho e a criação de gado barrosão são duas das grandes produções da província. E aqui perdemo-nos na imensidão de vinhas que produzem o famoso vinho verde. A Região Demarcada dos Vinhos Verdes corresponde praticamente aos limites da rica província do Minho. Uma zona com um microclima muito específico, que se encontra dividida em nove sub-regiões: Monção, Ave, Baião, Basto, Cávado, Lima, Paiva, Sousa e Amarante. A paisagem surpreende em cada um dos seus aspectos, seja o verde dos vales onde se alojam pitorescas casas de granito, seja a exuberância das florestas ou as inúmeras praias, praticamente desertas, que salpicam o litoral.

Aqui e além surgem pontes romanas e igrejas medievais, solares senhoriais que lembram um passado rico, férteis veigas, vinhedos, pomares e hortas.

A especificidade dos vinhos desta zona advém do seu microclima que, apesar de ser muito chuvoso, garante uma maturação completa das uvas, criando vinhos tintos de grande qualidade mas, muito especialmente, o Alvarinho, um dos melhores e mais conhecidos vinhos brancos portugueses.

É também no Minho que encontra o Parque Nacional da Peneda Gerês. Uma área montanhosa que abarca as serras da Peneda do Soa ou a Serra Amarela, o Gerês e os planaltos de Castro Laboreiro e de Mourela. Aqui caem no seu olhar as mais belas das belas paisagens do Minho. A diversidade da vegetação, os vales abruptos por onde deslizam as águas que embebem a vida do Parque e a serrania que explodem do chão conjugam-se numa sensação de exiguidade perante a grandiosidade da Natureza.

Desta província nasce a nossa história. A comprovar a ocupação pré-romana existem por toda a província vestígios de antigos castros povoações fortificadas, geralmente localizadas no alto de colinas. Durante a hegemonia romana; Braga tornou-se uma importante cidade por onde passavam as principais vias romanas: uma conduzia a Scailabis (Santarém), Olísipo (Lisboa) e Ementa Augusta (Mérida, em Espanha); uma segunda dirigia-se para Astúrica (Astorga), pelo Gerês; uma terceira também para Astúrica, por Aquae Flaviae (Chaves); uma outra conduzia a Tude (Tui, Espanha); a última orientava-se para Aquis Baenis (Caminha), à beira-mar.

Os suevos, ao ocuparem o noroeste peninsular, fizeram de Braga a capital do reino, que, na fase de maior expansão, se estendia desde as Astúrias até ao rio Tejo.

O seu domínio durou quase dois séculos, até que toda a região caiu em poder dos visigodos, senhores do resto da península. Mais tarde, após a ocupação árabe e a formação do Condado Portucalense por D. Afonso VI de Leão e Castela, que o doa à sua filha D. Teresa e seu marido D. Henrique de Borgonha, a região renasce. Guimarães torna-se residência oficial do casal regente.

O «berço do país» começa a embalar a sua criança quando as tropas de Afonso Henriques e dona Teresa, enfrentam-se no campo de São Mamede, junto ao castelo de Guimarães. O exército galego é derrotado. Esta vitória leva dona Teresa a desistir da ideia de anexar o Condado ao reino da Galiza. Conquistando terras aos muçulmanos em direcção a sul, Afonso Henriques auto proclama-se rei após a lendária (e há quem diga milagrosa) batalha de Ourique. Os cinco reis mouros foram vencidos num proporção de soldados tão desigual que somente a ajuda divida permitiria. Nasce a nacionalidade Lusa.

Voltando ao Minho. A história desta terra granítica e verde só deve mesmo ser contada pessoalmente, por uma visita demorada e deleitante. Deixando-o com as palavras de quem lá passou e o descreveu deliciosamente: Será insensível o coração daquele que puder dar de face, sem encantamento, ou despedir-se, sem mágoa de tão favorecida província!

A esquisita beleza desta região, entre Tuy e Ponte de Lima, desafia toda a descrição. Se for atravessada, através de colinas revestidas de oliveiras e campos de cereal, através de gândaras por vezes desnudas, de devessas com frondosos castanhais, com certeza que nunca esquecerá tão cativante e variadas paisagens.

Os sistemas de armação variam ao longo da região. É ainda hoje possível encontrar bordaduras em forma de ramadas, bardo, arejões ou enforcado, variando a altura entre um escasso meio metro e os seis ou sete metros, apoiadas estas duas últimas em tutores vivos, constituídos por árvores (castanheiro, plátano ou choupo). A condução moderna, caminhando para uma economia de mão-de-obra, baseia-se em várias modalidades de cordão ou cruzeta.

Portaria n.º 112/93, de 30 Janeiro, Portaria n.º 1202/97, de 28 de Novembro, Portaria n.º 394/2001, de 16 de Abril, e Reg. (CE) 1493/99, de 17 de Maio.

Esta região abrange os distritos de Viana do Castelo e Braga, os concelhos de Ribeira de Pena e Mondim de Basto, do distrito de Vila Real; os concelhos de Santo Tirso, Vila do Conde, Póvoa do Varzim, Maia, Matosinhos, Gondomar, Valongo, Paredes, Paços de Ferreira, Lousada, Felgueiras, Penafiel, Amarante, Marco de Canaveses e Baião, do distrito do Porto; os concelhos de Castelo de Paiva, Vale de Cambra e Arouca, do distrito de Aveiro, os concelhos de Cinfães e de Resende (excepto a freguesia de Barrô), do distrito de Viseu e a freguesia de Ossela, do concelho de Oliveira de Azeméis.

Tipos de vinho Título Alcoométrico Volúmico Mínimo (%Vol.)
Branco 9 Adquiridos
Tinto 9 Adquiridos
Rosado 9 Adquiridos

Castas Brancas: Alvarinho, Arinto (Pedernã), Avesso, Azal, Batoca, Caínho, Cascal, Chardonnay, Chenin, Colombard, Diagalves, Esganinho, Esganoso, Fernão Pires (Maria Gomes), Folgasão (Terrantez), Godelho, Lameiro, Loureiro, Malvasia Fina, Malvasia Rei, Müller-Thurgau, Pinot Blanc, Pintosa, Rabo de Ovelha, Riesling, São Mamede, Semilão, Sercial (Esgana Cão), Tália, Trajadura e Viosinho.

Castas Tintas: Alfrocheiro, Alicante Bouschet, Alvarelhão, Amaral, Aragonêz (Tinta Roriz), Baga, Borraçal, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Castelão (Periquita), Doçal, Doce, Espadeiro, Espadeiro Mole, Grand Noir, Jaen, Labrusco, Merlot, Mourisco, Padeiro, Pedral, Pical, Pinot Noir, Rabo de Anho, Sousão, Syrah, Tinta Barroca, Touriga Nacional, Trincadeira (Tinta Amarela), Verdelho Tinto, Verdial Tinto e Vinhão.

Características Organolépticas Brancos: Os vinhos brancos vão desde o amarelo esverdeado ao amarelo mais carregado, de aroma frutado ou floral fino e intenso e de sabor fresco complexo e persistente.

Características Organolépticas Tintos: Genericamente abrange desde os vinhos de cor rubi carregado aos de cor vermelhos violeta, com aroma revelando juvenilidade e sabor fresco, aos vinhos de cor vermelho granada, de aroma intenso a frutos vermelhos maduros, com sabor encorpado e longo. No vinho Regional Minho tinto pode distinguir-se o clarete por exibir uma cor característica próxima do rubi claro.

Rosados: Apresentam cor com cambiantes rosadas por vezes bem complexas, aroma de fruta fresca e sabor fresco e frutado.

Vinhos Regionais
Vinhos Regionais - Vinho Regional Transmontano

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